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Leis deixam a HBO Max distante do Brasil


Vice-presidente da WanerMedia firmou que não deverá fazer novos investimentos no país até que incertezas regulatórias sejam resolvidas


A confusão na legislação do setor de mídia e telecomunicações no Brasil incomodou o vice-presidente executivo da WarnerMedia, Jim Meza, que afirmou que não deverá fazer novos investimentos no país "até que essa incerteza seja resolvida".


Depois de ser comprada pela AT&T, operadora de telefonia e TV paga que está por trás da Sky, por exemplo, a Time Warner passou a ser chamada de WarnerMedia. A companhia detém marcas como a HBO.


No Brasil, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a junção das duas empresas. No entanto, a Lei 12.485, de 2011, chamada também de Lei do SeAC ou da TV paga, não permite que uma empresa de telecomunicações produza conteúdo e uma empresa de conteúdo opere telecomunicações.


Durante o Pay-TV Fórum, em São Paulo, Jim Meza declarou esse dilema de propriedade cruzada é do interesse da WarnerMedia. Atualmente, a principal aposta do grupo, a nível mundial, é o serviço de streaming HBO Max. Ele chegará ao público norte-americano no início de 2020 e terá que enfrentar concorrentes de peso, como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+.


Sobre uma possível chegada do HBO Max no Brasil, Meza respondeu que, "por causa da incerteza regulatória existente no país, o investimento direto não é atraente no momento".


O executivo disse ainda que sem clareza quanto ao direito de produzir e explorar conteúdo local, o grupo americano não deverá "acrescentar qualquer dinheiro ao investimento brasileiro" já realizado.

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