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Huawei Y9 Prime 2019: uma câmera que salta

Oficialmente, a Huawei vende somente dois smartphones no Brasil: P30 Pro e o P30 Lite. Mas esses não são os únicos aparelhos da marca que chamam a atenção dos consumidores brasileiros. O Y9 Prime 2019 também atrai os olhares de quem está procurando um modelo que tenha visual elegante e especificações decentes a um preço acessível.


As lojas que importam o modelo o vendem por meio da Amazon, MercadoLivre ou outras plataformas e costumam cobrar entre R$ 1.200 a R$ 1.500 no modelo. Para um smartphone com tela de 6,59 polegadas (Full HD+), processador Kirin 710F (octa-core), câmera tripla na traseira, câmera de selfie retrátil, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento, não é nada mal.







Passei algumas semanas testando o aparelho, que foi enviado ao Gizmodo Brasil pela própria Huawei. Nos próximos parágrafos, conto o que essa salada de letrinhas e números significa na prática e para quem esse aparelho pode ser interessante.


Tela e acabamento


A tela do Huawei Y9 Prime 2019 chama bastante atenção, principalmente por ocupar praticamente todo o espaço frontal do aparelho. As bordas são pequenas, com exceção do “queixo” do aparelho que reserva mais espaço. Sobre o painel em si, as cores são vibrantes e com um nível bacana de nitidez, graças à resolução Full HD+.




Não tem nada de notch (ou entalhe), a câmera fica escondida e só aparece quando você ativa algum app que faça uso dela – esse estilo de câmera pop-up é uma solução bacana para evitar recortes nos painéis, mas confesso que tenho bastante receio em relação à resistência do mecanismo. Durante as semanas que utilizei, nunca tive medo de quebrar, nem reparei nada de estranho, mas é compreensível ficar com um pé atrás sobre da durabilidade disso – as marcas, como sempre, garantem que vai funcionar por muito tempo.


Na traseira, são três câmeras, posicionadas no lado esquerdo superior e com uma escolha curiosa. Dois dos sensores estão agrupados sob um mesmo vidro – um com 16 megapixels e f/1.8 e outro com 8 megapixels e lente ultrawide, de ângulo aberto. O terceiro sensor fica à parte, solitário, e funciona como um leitor de profundidade para as fotografias em modo retrato.


Os retratos, inclusive, geralmente saem bons com apenas uma tentativa. Mas, como é de costume, cabelos esvoaçantes e detalhes demais no plano de fundo podem confundir o software responsável pelo desfoque e deixar parte da pessoa totalmente borrada.


Desempenho


Para falar de desempenho, primeiro vamos aos números: o processador é o Kirin 710F, que tem oito núcleos — um conjunto com quatro núcleos de 2,2 GHz e outros quatro núcleos de 1,7 GHz –, e a GPU que o acompanha é a Mali-G51 MP4. É possível dizer que é uma CPU equivalente ao Qualcomm Snapdragon 660, chip mais comum em smartphones vendidos no Brasil — mas vale notar que cada um tem suas particularidades, já que o aparelho da Huawei não é capaz de detectar redes Wi-Fi de 5 GHz, por exemplo. Completam as especificações técnicas 4GB de RAM.


Bateria


Antes de pegar o Y9 Prime para testar, estava usando um smartphone mais antigo, um Zenfone 4 (lançado em 2017) e que já não tinha muita lenha para queimar quando se tratava de bateria. Passar alguns dias com o modelo da Huawei me permitiu respirar aliviado: ele é bastante competente no gerenciamento de energia e aguenta um dia inteiro fora da tomada tranquilamente, com seus 4.000 mAh.


Tirando o celular da tomada perto das 8h, usando-o um pouco até o meio-dia e fazendo uso mais intenso a partir do começo da noite, consegui chegar ao final do dia entre 30% e 40% restante. Em dias que eu não o usei tanto, cheguei a carregá-lo depois de cerca de 36 horas.


Conclusão


Dificilmente você encontrará um smartphone competente como o Y9 Prime por menos de R$ 1.500 — lembrando, o aparelho não é vendido oficialmente no Brasil e importadores costumam cobrar cerca de R$ 1.200. Os concorrentes que me vêm a cabeça (Galaxy A80, Motorola One Zoom) custam a partir de R$ 1.700 no varejo.


A questão da compra de aparelhos via importadores pode ser bem complexa para o consumidor médio. Geralmente, a única garantia na compra de aparelhos via marketplace é que lojas que atuam no Brasil são obrigadas por lei a dar 90 dias de garantia. Fora isso, não tem assistência técnica oficial ou garantia por algum defeito depois desses 90 dias. Logo, é por conta e risco do consumidor se arriscar a comprar este tipo de aparelho.


No caso da Huawei, ainda que a marca tenha presença no Brasil e o aparelho ter sido cedido para teste pela assessoria de comunicação local da marca, não existe assistência oficial ao aparelho.


Desconsiderando esses entraves, o Y9 Prime foi bem competente na minha mão: tela bonita e desempenho dentro da média. Durante o período de festas, sempre recorri aos celulares dos parentes para tirar fotos, com a certeza de que um iPhone 8 faria um trabalho melhor — quem curte fotografia não vai se dar tão bem com o modelo, mesmo com a abundância de câmeras.

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