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Apple, Samsung, Xiaomi? É a Microsoft que mostra como se faz na hora de inovar



Se você acompanha o Canaltech, deve ter lido a matéria "A mesmice do iPhone 11 e fim da era dos smartphones como a conhecemos". Se você não leu, o artigo, basicamente, explica como as principais fabricantes de celulares vêm apresentando mais do mesmo ao longo dos últimos anos e continuarão apenas com essas melhorias cosmésticas, até que a nova era dos smartphones comece de verdade: aparelhos com telas dobráveis, que se transformam em tablets e apostam na alta produtividade do usuário.


No entanto, o artigo em questão cometeu um erro: ele falou das mesmices de Apple, Xiaomi, Samsung, Huawei e outras, e esqueceu de uma empresa: a Microsoft. Em parte, isso era justificável, já que a criadora do Windows abandonara o mercado de smartphones há uns dois anos, depois do fiasco do Windows Phone.


E aí, eis que, na última quarta-feira (2), a Microsoft, durante o evento de apresentação dos novos dispositivos da linha Surface, resolve nos surpreender com o "brinquedinho" abaixo. Dê uma olhada no vídeo e volte comigo depois:




O aparelho será lançado no final do ano que vem, então pouco sabemos sobre a sua configuração, exceto que ele, hoje, tem um processador Snapdragon 855 e seu Android é 9 Pie. Mas tudo isso, incluindo novos elementos de hardware, deve mudar até o dia da sua chegada às lojas. De qualquer forma, o assunto aqui é outro.


Mas antes de falarmos sobre isso, dê um olhada no outro vídeo abaixo e volte aqui comigo depois:



Demais, não? O Surface Neo é uma espécie de "irmão anabolizado" do Duo, um dispositivo dobrável, com duas telas e que roda o Windows 10X, uma versão do sistema operacional focada em aparelhos com displays duplos. O aparelho inteiro pesa 655 gramas, contando ainda com o visor de LCD mais fino já criado, segundo a companhia, e ainda trazendo a tecnologia Gorilla Glass.A novidade chega também com uma nova caneta Surface Pen, que vem na parte traseira do dispositivo, e com teclado físico que pode ser acoplado ou não de forma magnética. O acessório conta com as opções de ser posicionado sobre um dos paineis, deixando o Surface Neo com formato de notebook, ou separadamente, deixando ambas as telas livres.


Assim como o Duo, o Surface Neo deve chegar no final do ano que vem.

E por que eu mostrei esses dois dispositivos para vocês? Porque, depois de inúmeras coberturas de lançamentos de smartphones e tablets nos útimos anos, sempre bocejando diante da mesmice apresentada por Apple, Samsung, Huawei, LG, Motorola, Xiaomi e afins, cheguei à conclusão: é a Microsoft hoje, quem chuta a bunda da concorrência e mostra como se deve inovar no mercado mobile.


É assim que se faz, meu povo!!


No livro Steve Jobs, biografia oficial do co-fundador da Apple, escrita por Walter Isaacson, o autor conta que antes de lançar o iPhone, a equipe responsável pelo projeto na Maçã comprou os principais modelos da concorrência para descobrirem o que NÃO fazer. Depois de analisar cada um minuciosamente, eles tiveram expertise o suficiente para lançar um modelo próprio, sem os defeitos dos rivais e com melhorias, funções e uma tela verdadeiramente multitouch. O resto é a história que vocês conhecem hoje.


E, para o lançamento dos Surfaces Duo e Neo, parece que a Microsoft fez a mesma coisa. Analisou o que os concorrentes fizeram e viu o que NÃO fazer antes de desenvolver os dispositivos em questão. Junte isso ao fato da companhia ter uma bela tradição no desenvolvimento de ótimos hardwares (Xbox, teclados, mouses, Kinect, a própria linha Surface e até o Zune) e voilá: temos dois dispositivos que podem mostrar ao resto do mercado como se faz nessa nova geração de dispositivos móveis.


Isso porque tanto o Duo, quanto o Neo foram pensados em facilitar a vida do usuário. Você é estabanado e se preocupa em quebrar a tela? Sem crise. Os dois têm o formato de um caderno e os displays se fecham protegidos por um acabamento de plástico. No caso do Neo, os periféricos parecem funcionar com perfeição, sem exatamente prejudicar o design do equipamento. Os apps rolam com fluidez pelas telas e o uso do teclado para gerar um touchbar ou um track pad beira genialidade em termos de engenharia e design. E, dependendo da configuração final do dispositivo, ele pode funcionar perfeitamente como um notebook para tarefas cotidianas.



O mesmo vale para o Duo. Claro que o tamanho da tela não a torna exatamente cômodo para atender uma chamada de voz, mas, convenhamos: já existem smartphones com telas até maiores e ninguém reclama de fazer ou receber uma ligação nela (além disso, use um fone de ouvido, se for o caso). E outra coisa: quem depende tanto assim de chamadas de voz hoje em dia? WhatsApp e afins estão aí para resolver tudo. Pense em todas as possibilidades que o smartphone te dá na hora digitar textos, jogar games, fazer uma videochamada enquanto checa seus e-mails e muito mais.


O fato é que, ao contrário de concorrentes como a Samsung e seu Galaxy Fold e a Huawei e seu Mate X, a Microsoft apresentou dispositivos mais robustos, bem acabados e, tão importante quanto, deixou os jornalistas testarem os aparelhos, mesmo que ambos estejam em fase de protótipo. E a primeira impressão do dois foi muito boa.


Mas fica a pergunta: os Surfaces Duo e Neo darão certo? Difícil responder nesse exato momento, até porque ainda precisaremos ver como ficará a versão final de ambos no final do ano que vem e, claro, quanto eles custarão. Mas o fato é que a Microsoft mostrou para a concorrência como é que se inova em um oceano de mesmice. E apontou um caminho bem interessante para o futuro do hardware mobile.


Esqueçam os falsos hypes de apresentações de Samsung, Apple ou Xiaomi. Os eventos mais legais de acompanhar, hoje, são da Microsoft.

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