Microsoft é a primeira corporação mundial a abrir um data center na África
Nesta quarta-feira (6), a Microsoft anunciou a abertura de dois data centers do Azure na África, que já estão funcionando nas Cidades do Cabo e em Joanesburgo, ambas na África do Sul. Isso faz com que a Microsoft se torne, oficialmente, a primeira grande fornecedora de serviços em nuvem do continente.
A Microsoft acredita que a novidade pode ajudar a acelerar o desenvolvimento econômico da região, já que a existência de um servidor de nuvem local ajudará a diminuir o tempo para abrir aplicativos e serviços da web, além de acelerar o envio de grandes pacotes de dados pela rede.
Outro fator importante é a diminuição do ping das conexões feitas no país — uma antiga reclamação dos gamers da região, que sofriam com valores elevados de ping por serem obrigados a conectar em servidores de outros continentes, o que era uma enorme desvantagem em jogos online. Assim, a criação de um servidor local pode não apenas aumentar o número de jogadores na África do Sul como também fomentar a indústria de games do país, tornando interessante para desenvolvedores locais criarem seus próprios jogos competitivos online.
Também é importante o fato de que as empresas precisam seguir as leis de proteção de dados do país onde o servidor de seus serviços está situado e, ao contratar servidores da Europa ou dos Estados Unidos, as empresa sul-africanas eram obrigadas a seguir regras que não levavam em conta as especificidades do país. Com a abertura do data center da Microsoft, agora elas terão uma opção local que estará melhor adequada às suas necessidades.
Com a abertura de seus dois primeiros data centers no continente africano, a Microsoft deixou para trás a Amazon, que irá inaugurar o primeiro data center do Amazon Web Services na África do Sul apenas em 2020. Curiosamente, a Huawei havia anunciado horas antes da Microsoft que também tinha inaugurado o seu primeiro data center no país, mas no caso da empresa chinesa não foi exatamente a inauguração de um grande data center próprio, mas uma parceria com uma empresa menor de servidores em nuvem locais e que já operava na África do Sul há algum tempo.