Reino Unido diz que inteligência militar da Rússia está por trás de série de ataques cibernéticos gl
LONDRES (Reuters) - O Reino Unido acusou nesta quinta-feira a inteligência militar da Rússia de comandar uma série de ataques cibernéticos com objetivo de enfraquecer democracias ocidentais ao implantar confusão em diversas áreas, de esportes a transportes e na eleição presidencial dos Estados Unidos de 2016.
Numa avaliação baseada em trabalhos de seu Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC), a inteligência militar russa (GRU) foi classificada como agressora cibernética maligna que usa uma rede de hackers para espalhar discórdia pelo mundo.
A GRU, segundo o Reino Unido, está quase certamente por trás dos ataques BadRabbit e à Agência Mundial Antidoping de 2016, do ataque hacker ao Comitê Nacional Democrata (DNC) em 2016 e do roubo de e-mails de uma emissora de TV britânica em 2015.
"As ações da GRU são imprudentes e indiscriminadas: eles tentam enfraquecer e interferir em eleições em outros países", disse o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt.
"Nossa mensagem é clara – junto com nosso aliados, nós iremos expor e responder às tentativas da GRU de enfraquecer a estabilidade internacional", disse Hunt. O Reino Unido acredita que o governo russo é responsável pelos ataques.
Embora menos conhecido do que a poderosa KGB da União Soviética, o serviço de inteligência militar da Rússia teve funções importantes em alguns dos maiores eventos do último século, da crise de mísseis em Cuba à anexação da Crimeia.